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Apnéia do sono e aparelho de ronco

  • Foto do escritor: Leandro Osorio
    Leandro Osorio
  • 28 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de mar. de 2021


Recentemente divulgado que Carie Fisher, a princesa Lea dos filmes Star Wars, teve como uma das causas de sua morte apneia do sono. Veja o que é, suas consequências e as possibilidade de tratamento nesse post.

Apneia do Sono

Mais comum em pessoas a partir da terceira década de vida e acima do peso, esse distúrbio costuma ser acompanhado do ronco, sinal que compromete a qualidade de vida da pessoa e de quem dorme com ela. Síndrome da hipopneia/apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é o nome dado a essa importante condição médica que tem se mostrado mais prevalente nas últimas 5 décadas(1,2). A contagem do número de vezes por hora de sono que o paciente apresenta eventos que afetam a respiração é chamado de índice de hipoapneia/apneia, sendo usado para classificar a severidade do problema (3).

Consequências da SAOS

homem dormindo, com mulher acordada incomodada com o barulho do ronco. casal deitado na cama, mulher segurando travesseiro no ouvido.

Sonolência excessiva durante o dia, alterações de humor e cognitivas são achados comuns em pessoas com SAOS. As alterações causadas pela hipóxia intermitente pode levar ao aumento da pressão sanguínea , do risco a infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral em pacientes não tratados. Não obstante esses achados, pessoas com SAOS tendem a ter os níveis de enzimas hepáticas aumentadas, mesmo não fazendo uso de álcool, independente do peso corporal (2).

Contínua pressão positiva de ar (CPAP)

Continous positive airway pressure

CPAP (do termo em inglês Continous positive airway pressure) é o tratamento de preferência para o controle da SAOS(1). Esse dispositivo colocado sobre boca/nariz da pessoa promove uma pressão de ar que impede o colabamento das estruturas faríngeas, eliminando o ronco.(4) Contudo, essa terapia tende a ser de difícil adaptação nos primeiros tempos de utilização.

Aparelho do Ronco

Aparelho do Ronco são dispositivos intraorais que proporcionam deslocamento anterior da mandíbula e por consequência da língua, palato e osso hioide. A manutenção da posição para frente durante as horas de sono promove o aumento a via aérea o que impede que ocorra a vibração (barulho) das estruturas faríngeas, reduzindo o índice de hipoapinéia/apnéia, aumentando a saturação de oxigênio e melhorando os sintomas principais da SAOS (2,4).

Apesar dessas características o aparelho do ronco não elimina a SAOS completamente, apesar de reduzir o índice de hipoapneia/apneia a níveis considerados moderados e aumentando a saturação de oxigênio. A grande vantagem é o grau de adesão ao tratamento, uma vez que a aceitabilidade desses dispositivos é maior quando comparados ao CPAP, podendo ser considerado o tratamento de escolha para os casos de SAOS leve/moderado. (2)

Qualidade de vida

A modificação do estilo de vida buscando controle de peso, cuidados com o consumo de álcool, utilização de sedativos e outras drogas que afetam a tonicidade da musculatura e sono são os primeiros passos para o controle da SAOS. A realização de polissonografia para determinação do índice de hipoapneia/apneia torna-se importante para o controle dessa alteração, implementado a mais apropriada terapia proporcionando melhoria da qualidade de vida e na saúde.

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Referências

1. Kostopoulos K, Alhanatis E, Pampoukas K, et al. CPAP therapy induces favorable short-term changes in epicardial fat thickness and vascular and metabolic markers in apparently healthy subjects with obstructive sleep apnea-hypopnea syndrome (OSAHS). Sleep Breath. 2016;20(2):483–93.

2. Serra-Torres S, Bellot-Arcís C, Montiel-Company JM, Marco-Algarra J, Almerich-Silla JM. Effectiveness of mandibular advancement appliances in treating obstructive sleep apnea syndrome: A systematic review. Laryngoscope 2016;126(2):507–14. Available at: http://doi.wiley.com/10.1002/lary.25505.

3. Goodson BL, Wung S-F, Archbold KH. Obstructive sleep apnea hypopnea syndrome and metabolic syndrome: A synergistic cardiovascular risk factor. J. Am. Acad. Nurse Pract. 2012;24(12):695–703. Available at: http://doi.wiley.com/10.1111/j.1745-7599.2012.00771.x.

4. Mbata G, Chukwuka J. Obstructive sleep apnea hypopnea syndrome. Ann. Med. Health Sci. Res. 2012;2(1):74. Available at: http://www.amhsr.org/text.asp?2012/2/1/74/96943.

 
 
 

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